quinta-feira, 7 de maio de 2009

Os animais que nos governam



Pudesse eu, e fecharia todos os zoológicos do mundo. Pudesse eu, e proibiria a utilização de animais nos espectáculos de circo. Não devo ser o único a pensar assim, mas arrisco o protesto, a indignação, a ira da maioria a quem encanta ver animais atrás de grades ou em espaços onde mal podem mover-se como lhes pede a sua natureza. Isto no que toca aos zoológicos. Mais deprimentes do que esses parques, só os espectáculos de circo que conseguem a proeza de tornar ridículos os patéticos cães vestidos de saias, as focas a bater palmas com as barbatanas, os cavalos empenachados, os macacos de bicicleta, os leões saltando arcos, as mulas treinadas para perseguir figurantes vestidos de preto, os elefantes mal equilibrados em esferas de metal móveis. Que é divertido, as crianças adoram, dizem os pais, os quais, para completa educação dos seus rebentos, deveriam levá-los também às sessões de treino (ou de tortura?) suportadas até à agonia pelos pobres animais, vítimas inermes da crueldade humana. Os pais também dizem que as visitas ao zoológico são altamente instrutivas. Talvez o tivessem sido no passado, e ainda assim duvido, mas hoje, graças aos inúmeros documentários sobre a vida animal que as televisões passam a toda a hora, se é educação que se pretende, ela aí está à espera.

Tivessem os inergúmenos do PS, PSD e CDS 1/100 do bom senso deste homem e nunca assistiríamos ao triste espectáculo de hoje à tarde no parlamento, onde em nome da crise, veja-se bem, se decidiu não fazer nada em relação à exploração dos animais no circo...
Mais um verdadeiro escandalo protagonizado por estes animais que (ainda) nos vão governando.

Em dias destes (e não são poucos) tenho uma grande vergonha de ser português...

1 comentário:

Anónimo disse...

Assino por baixo. Não, não está só! Parece, não é? Mas não. Fraco consolo mas pronto(s)!