
"Quem procura uma relação justa com a pedra, com a árvore, com o rio, é
necessariamente levado, pelo espírito de verdade que o anima, a procurar uma
relação justa com o homem.
Aquele que vê o espantoso esplendor do mundo é logicamente levado a ver o espantoso sofrimento do mundo.
Aquele que vê o fenómeno quer ver todo o fenómeno. É apenas uma questão de atenção, de sequência e de rigor.
E é por isso que a poesia é uma moral. [...]
Se em frente do esplendor do mundo nos alegramos com paixão, também em frente do
sofrimento do mundo nos revoltamos com paixão.
[...] O facto de sermos feitos de louvor e protesto testemunha a unidade da nossa consciência."
Sophia de Mello Breyner Andresen, in " Arte Poética III "
1 comentário:
Desde que seja só parado para obras, ok..mas nesta data não se pode parar. Ainda que não se possa ir, não se pode, porque não se deve, parar.
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