sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Omer Goldman



Esta bonita mulher de 19 anos encontra-se aqui retratada por estar presa. Razão da reclusão: Recusar-se a integrar as forças de defesa de Israel, mesmo tendo o seu pai sido número 2 da Mossad.
Eis alguns excertos da sua carta:

«O meu pai é Natalin Granot, um especialista em Irão que se demitiu de “número dois” da Mossad, em 2007, quando não o promoveram a chefe da principal agência de espionagem de Israel. Eu, Omer Goldman, 19 anos, sou uma pacifista e, hoje, regresso à prisão nº 400, numa base militar próxima de Telavive. Recuso-me a servir num exército que comete, todos os dias, crimes de guerra nos territórios palestinianos ocupados. Fui recrutada para o serviço militar obrigatório aos 18 anos, mas já no liceu eu decidira que não queria ir para a tropa. Assim que deixei a escola, e antes de me inscrever na faculdade, dei aulas a crianças pobres num bairro de judeus etíopes. Quando me chamaram, entreguei uma declaração aos oficiais onde afirmava: “Recuso alistar-me nas Forças de Defesa de Israel (IDF). Não farei parte deste exército que, desnecessariamente, pratica actos de violência e viola os mais básicos direitos humanos.” No dia 23 de Setembro, sem ter sido julgada, fui cumprir 21 dias de detenção. Fui libertada a 10 de Outubro, mas voltei para um segundo período, desta vez apenas de 14 dias, porque fiquei doente. Saí novamente em liberdade, na sexta-feira, dia 30 de Outubro. Estes ciclos irão repetir-se até que o exército se canse, porque eu não vou desistir.»

Esta mulher agradece a todos os que lhe queiram escrever.
Podemos mostar-lhe que estamos solidários seja em que parte do mundo for, enviando uma carta para aqui:

Omer Granot
Military ID 5398532
Military Prison nº 400
Military Postal Code 02447, IDF
Israel

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