domingo, 19 de outubro de 2008

Manifesto - Unimultiplicidade

Porque realmente acredito nisto e, acima tudo, porque o Brasil aqui retratado não nos é nada estranho.
Nem a nós nem à maioria da população mundial...

Brasil Corrupção

Neste Brasil corrupção
Pontapé bundão
Puto saco de mau cheiro
Do Acre ao Rio de Janeiro

Neste país de manda-chuvas
cheio de mãos e luvas
tem sempre alguém se dando bem
de São Paulo a Belém

Pego meu violão de guerra
Pra responder a essa sujeira

E como começo de caminho
Quero a unimultiplicidade
Onde cada homem é sozinho
A casa da humanidade

Não tenho nada na cabeça
A não ser o céu
Não tenho nada no sapato
A não ser o passo

Neste país de pouca renda
Senhoras costurando
Pela injustissa vão rezando
Da Bahia ao Espírito Santo

Brasília tem suas estradas
mas eu navego é noutras águas

E como começo de caminho
Quero a unimultiplicidade
Onde cada homem é sozinho
A casa da humanidade




(Tom Zé/Ana Carolina)

1 comentário:

rff disse...

Excelente!

Em proporções diferentes o nosso portugalzinho à beira-mar plantado também podia muito bem ser objecto desse manifesto.

Saúde,